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Assassinatos na Academia Brasileira de Letras, de Jô Soares

No dia 5 de agosto de 2022, nós perdemos Jô Soares, que foi, sem sombra de dúvidas, um dos maiores apresentadores de televisão que já existiu aqui no solo brasileiro. Embora eu discordasse de com ele em alguns assuntos, eu sou obrigado a reconhecer que sua presença já se tornou praticamente uma figura carimbada em alguns momentos da minha infância e juventude, inclusive nos tempos em que assistia o “Programa do Jô” durante as minhas férias em plena madrugada. 

Por causa desse falecimento, decidi ler alguma coisa dele como forma de “homenageá-lo”. Foi então que eu me interessei em reler um dos livros que mais gostei e o único que me chamou a atenção no momento. O livro em questão se chama “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras”, escrito em 2005. 

A primeira vez que eu ouvi falar nesse livro foi graças ao seguinte comercial que vi quando tinha 15 anos, época em que a literatura ainda não fazia parte do meu cronograma pessoal: 

Passado esse tempo, quando eu finalmente tomei gosto pela literatura, percebi que uma tia minha possuía um exemplar desse mesmo livro e acabei pegando interesse em ler a história depois de olhar a sinopse. 

Ambientado no Rio de Janeiro dos anos 20, a trama policial conta como a cidade maravilhosa ficou abalada com a morte repentina de Belizário Bezerra, potencial candidato para sentar na próxima cadeira da Academia Brasileira de Letras. A grande suspeita que ronda é que o mesmo fora envenenado. 

Como se não bastasse essa tragédia, o povo carioca se vê ainda mais chocado com a morte de mais um imortal, Aloysio Varejeira, durante a cerimônia fúnebre de Belizário. 

A lista de suspeito não é pequena, pois ambos os imortais falecidos possuíam caráter extremamente questionáveis perante os outros membros do clube fundado por Machado de Assis. 

Intrigado com as mortes, o comissário Machado Machado, que é um aficionado por livros, decide entrar de cabeça no caso e tentar descobrir o mais rápido possível o responsável por toda a bagunça antes que cause mais vítimas. Conforme a história se desenrola, Machado contará com a ajuda do legista Gilberto de Penna-Monteiro e Galatea na resolução desse mistério. 

Jô Soares me surpreendeu com esse livro graças a uma narrativa dinâmica, intrigante e imersiva, pois ele conseguiu retratar a década de 20 no Brasil como se realmente tivesse vivenciado essa época com todo o seu charme. 

“Assassinatos na academia brasileira de Letras” é um livro policial brasileiro surpreendentemente bom e que me fez ter mais ânimo para querer consumir mais livros de Jô Soares. E somente o tempo dirá se eu irei conseguir ou não colecionar todas as obras do autor. 

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